2 de abril de 2009

Destino


“Quem quer ser um milionário?” – o filme que ganhou vários Oscars, entre eles o de melhor filme, é realmente muito bom. Sua história prende a atenção do espectador, que é convidado a apreciar a cultura indiana e ao mesmo tempo indignar-se com a miséria e a pobreza das favelas, tão conhecidas nossa, mas sempre chocantes. Seus atores, mesmo as crianças, trabalham muito bem e a fotografia do filme é maravilhosa.
A mensagem do filme mostra um rapaz humilde que consegue ascender e reencontrar seu antigo amor, graças ao destino. Sim! O sucesso dele é atribuído ao destino. “Estava escrito” é a frase do filme. Numa visão bem romântica das coisas, e serve como entretenimento e diversão. Entretanto, na vida real não é bem assim.
Falta de oportunidade e exclusão social a parte. Nossa vida também deve ser administrada, assim como se administra uma empresa, uma casa, um salário... Estamos nessa vida como gerentes de nós mesmos. E como bom administrador (se você for um) deve planejar! Como sabemos, Planejamento é uma função administrativa. Planejar é definir objetivos ou metas e a maneira como irá alcançá-los. O planejamento é uma aplicação do processo decisório. Decisões que influenciam o futuro são decisões de planejamento não fruto do destino.
Como já disse um guru da administração: “A melhor forma de prever o futuro é inventá-lo.” Ou seja: batalhar para fazer acontecer uma situação ou realizar algo, que não resultaria simplesmente da evolução dos acontecimentos. Você tem que fazer para acontecer! e não ter medo de mudanças, se necessário for. Criamos nosso futuro, motivados pela insatisfação ou pelo desejo de mudar o presente, nossas escolhas de hoje vão definir como estaremos amanhã.
Mesmo o personagem do filme, para reencontrar sua amada, teve que voltar à região onde ela estava, ele foi atrás e correu riscos, quase morreu, mesmo assim, decidiu ir atrás. Isto é: planeje e faça dar certo. Cada pessoa assume seu projeto de felicidade (que pode significar optar pela infelicidade). Se nossas decisões são as melhores ou são as mais acertadas, só Deus sabe! ele porém, deixou que nós escolhêcemos. E é ai, em que reside a graça da vida: em planejar, executar e ver realizado o destino que escolhemos para nós.
Ively Almeida

2 comentários:

Solange Carvalho disse...

Gostei muito das reflexões que fez, Ively, sobretudo, do desfecho, quando diz que a graça da vida está em podemos traçar nosso próprio destino, ou seja, projetarmos nossos sonhos e lutarmos para realizá-los. Depende de nós. Não adianta querer que Deus nos use como marionete, para jogar um jogo de cartas marcadas. Não há cartas marcadas. Somos predestinados sim, não a um fim previamente definido, mas a batalhar no meio do campo, fazer um bom drible e acertar o gol e sairmos vitoriosos por méritos!

Pedro Manoel disse...

Mil coisas vieram à cabeça sobre o tema. Mas confesso, percebi que pouco sei a respeito do destino. O que sei são rasas e meras elucubrações... Destino... Dilema ... Caminho? Se pensar: que “tudo está escrito” assumo uma postura confortável diante dos fatos e dessa forma sou um acomodado e repasso responsabilidades. Por outro lado, se acreditar que “o destino está nas minhas mãos” me apavoro com a responsabilidade dos resultados. O tema é polêmico e envolve os aspectos: pessoais, morais, religiosos... Muitas vezes, só pensamos no destino quando estamos em conflito ou inconformados com algum resultado na vida. E tendemos a culpar o destino. No entanto, acredito que sempre teremos a opção de lutarmos por aquilo que acreditamos ou mudarmos algo que não concordamos. Considerando-se que destino é o caminho, o nosso caminho na vida então, os resultados são de nossa inteira responsabilidade. Bom destino!
Abração,
Pedro