Afogar as mágoas viajando pelo mundo, conhecendo lugares e gente bonita é muito bom! Haverá terapia melhor? E sem se preocupar com dinheiro. Esse foi o caso da escritora americana Elizabeth Gilbert que escreveu a autobiografia: Comer rezar amar em que relata a viagem pela Ítalia, Índia e Indonésia. O livro virou best-seller e já vendeu mais de 4 milhões de exemplares e agora está nas telas do cinema numa adaptação de Ryan Murphy.
Para quem não assistiu ao filme: Liz (interpretada por Julia Roberts) se encontra infeliz na sua vida e no seu casamento, com dúvidas se a maternidade lhe cairá bem e se deseja ter uma família nos moldes da sua mãe. Ela enfrenta um divórcio traumático ao mesmo tempo em que se entrega a um novo amor (James Franco). Sua tristeza e carência, porém, são responsáveis pelo naufrágio do seu romance. Liz decide então fazer uma viagem, como ela própria intitula de “autodescoberta”, a fim de conhecer a Itália, onde exercita o prazer de comer; a Índia para praticar a arte da devoção, e por fim visitando a Indonésia, onde espera encontrar equilíbrio entre as duas coisas. Talvez a autora quisesse comprovar a veracidade do aforismo de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo e serás imortal”.
O filme é fraco! Aquele velho problema das adaptações literárias que não ficaram bem nas telas. Perdeu-se a essência do livro, os verbos do título não foram bem conjugados no filme, e algumas cenas ficaram tolas e sem sentido. Os diálogos têm muitas frases e conselhos ‘ralos’, ou seja, sem profundidade, de lideres espirituais que mais parecem tirados de biscoitos da sorte. Julia Roberts incorporou o papel, mas não há muita química entre ela e o brasileiro interpretado pelo espanhol Javier Bardem, que não convenceu com o seu português carregado de sotaque. O bom do filme é a fotografia, imagens de Bali e flashes de uma Roma magnífica e convidativa para o “dolce far niente”.
Assim como aconteceu com O Código da Vinci, em que muitos turistas refazem o caminho percorrido em Paris pelos personagens do livro da trama de Dan Brown. O "turismo religioso" de Liz deve ter incentivado muitas mulheres pelo mundo afora, em busca de preencher o vazio da alma e loucas para encontrar um ‘Javier’ "prá chamar de seu!"
Elizabeth é aparentemente uma mulher forte, que teve a coragem de ‘virar a própria mesa’, ao se encontrar infeliz, pediu demissão do emprego para passar um ano viajando. Romper com o conhecido, que te faz infeliz, mas que te dá segurança, não é fácil, principalmente para as mulheres. Se somos autores das nossas escolhas e omissões, onde podemos fazer sacrifícios? Aonde nossas escolhas estão nos levando? Será que não devemos raciocinar como o gato de Alice (o gato a que me refiro é o de Lewis Caroll) : O caminho a seguir, depende de para onde se quer ir! Mas se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve. No entanto, é preciso está em paz com as nossas escolhas.
Elizabeth é aparentemente uma mulher forte, que teve a coragem de ‘virar a própria mesa’, ao se encontrar infeliz, pediu demissão do emprego para passar um ano viajando. Romper com o conhecido, que te faz infeliz, mas que te dá segurança, não é fácil, principalmente para as mulheres. Se somos autores das nossas escolhas e omissões, onde podemos fazer sacrifícios? Aonde nossas escolhas estão nos levando? Será que não devemos raciocinar como o gato de Alice (o gato a que me refiro é o de Lewis Caroll) : O caminho a seguir, depende de para onde se quer ir! Mas se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve. No entanto, é preciso está em paz com as nossas escolhas.
Na busca da ‘transcendência divina’, porém, a personagem deseja um deus que se encaixe na vida dela, mais não o contrário. Porque ela própria já se julga um deus. Mas um deus fajuto que não consegue resolver nem os seus problemas existenciais e se livrar da depressão. Ao mesmo tempo, Liz afirma que deseja alguém que lhe mostre Deus. Não precisamos viajar à Índia para encontrar um deus, podemos encontrar Deus sem sair de casa, pois ele é onisciente, onipresente e onipotente. Jesus Cristo é o único caminho que leva a Deus! Ele diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (BÍBLIA. N.T. João, 14:6) Deus só faz morada em nosso coração se primeiro abrirmos a porta para ele. O livro está cheio de enganos com relação a Deus. Como por exemplo afirma que céu e inferno são a mesma coisa e ambos são amor! Se ambos são amor por que a autora procura o divino? Céu e inferno existem: “Portanto o inferno grandemente se alargou, e se abriu a sua boca desmesuradamente; e para lá descerão o seu esplendor, e a sua multidão, e a sua pompa, e os que entre eles se alegram.” (BÍBLIA. A. T. Isaías, 5: 14). Cabe a cada um escolher!
Ively Almeida
Ively Almeida