24 de junho de 2009

A necessidade de rever o papel do Senado


O jornal Valor trouxe, na sexta-feira passada (19/06), uma análise excelente, objetiva, do funcionamento do senado. Sua constituição, estrutura, funções que exerce e controle que impõe sobre o funcionamento do país mais que justificam sua extinção. É estranho falar-se tanto nele e não se questionar sua necessidade. Trata-se de estrutura defasada da vida atual, sem finalidade que beneficie a sociedade porque, conforme demonstrado no artigo, serve apenas a oligarquias que controlam os partidos políticos e mantêm privilégios descabidos que o país não pode mais sustentar. O exemplo mais típico é sustentar a Fundação Sarney, cuja finalidade é manter a memória viva do senador do qual não se lembra qualquer obra social importante. É um custoso monumento à vaidade de alguém cuja maior realização foi ter sobrevivido a 40 anos de vida política sempre desassombradamente a favor do governo de plantão. Já tivemos senados estaduais, extintos por sua inutilidade. Alguém os lembra ou sente sua necessidade? Não vale dizer que duas câmaras com poder de veto controlam-se mutuamente, já que nada se aprova sem combinação anterior, inclusive com o executivo, sendo as votações puramente respeito hipócrita a leis que vigoram no papel mas não têm funcionalidade. É o que falta ao país: funcionalidade, instituições que funcionem de fato e não sejam apenas abrigo a sustentadores dos poderosos. Se não mudarmos isto, continuaremos "banana republic", merecedora, no máximo, de filme gozador de Woody Allen.

6 de junho de 2009

Namoro já!


O progresso tecnológico promoveu uma revolução na comunicação mundial. Hoje temos uma infinidade de recursos disponíveis a comunicação humana, tais como: o e-mail, as redes sociais, os chamados sites de relacionamento, programas de mensagens instantâneas, salas de bate-papo etc. O espaço cibernético é um canal onde as mensagens se tornam interativas, onde a distancia se torna relativa, possibilitando interconexões entre pessoas dos mais diferentes lugares do planeta. Entretanto, com toda essa parafernália tecnológica a disposição, homens e mulheres não conseguem se entender.

Em plena era da comunicação sem fronteiras, as pessoas têm dificuldade de relacionar-se e quem sabe encontrar sua “alma gêmea", pois, o que vemos por ai é desencontro e solidão. A exemplo do recente programa do Globo Reporte que abordou a dificuldade que as pessoas tem de encontrar um namorado(a) e também da passeata: dos “Sem namorados” que aconteceu em São Paulo e reuniu cerca de 3 mil pessoas, com faixas e cartazes com dizeres como: “Cansei de ficar sozinho” e “Namoro já”. Pergunto-me então, por que razão o cupido deixou de fora tanta gente?? De um lado as mulheres se queixam que os homens “não prestam”, “não querem nada sério”, os homens, por sua vez dizem que as mulheres “são complicadas”... numa espécie de jogo marcado, que nunca dá ‘um a um’. Fruto dessa incomunicabilidade, onde os casais não conseguem transpor o transitório e superficial envolvimento do ‘ficar’.

Para acentuar ainda mais a "miséria sentimental" dos sem namorados, some-se a isso o medo de amar que algumas pessoas têm, que pode até ser inconsciente, mas as oportunidades surgem na vida e as chances são desperdiçadas, pois o medo as impede de tentar. Pode ser o medo de se envolver e não ser correspondido, o medo de arriscar e não dá certo, medo de ter responsabilidade... Contudo, o problema não está no amor, as pessoas é que estão licenciosas demais, adotam o relacionamento ‘fast food’, é namorando um, mas já de olho no outro; ou divertindo-se (como ouvimos falar) enquanto não encontram a pessoa ‘certa’ ; e nas baladas então, é beijo demais entre pessoas que nunca se viram na vida. Toda esta liberdade sem compromisso fez com que as pessoas ficassem mais céticas umas as outras, não há ‘entrega’, e o que gera é desilusão.

Os casais não mais vivenciam relacionamentos profundos e duradouros, hoje em dia os amores estão cada vez mais descartáveis, pois não possuem o essencial: o ‘alicerce’ que é a base de toda construção, por isso deve ser feito antes, obviamente. Para fundamentar e perpetuar qualquer namoro, o alicerce chama-se Cristo. “O homem prudente edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mat. 7:24.25). Sem Deus em nossa vida, todo relacionamento fica vulnerável ao fracasso.

Na verdade, Amar e ser amado é o desejo de todo ser humano. Sem amor a vida não tem graça, Como diz Lya Luft: “Sem essa viagem emocional a vida seria um deserto sem oásis.” O amor é a definição do próprio Deus : “Deus é amor e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele” (1 Jo. 4.16). O amor não deve ser encarado como uma coisa difícil ou inatingível, mas deve ser levado em consideração três pontos: cumplicidade, confiança e respeito mútuos. Desta feita, amar sempre valerá a pena!

Desejo a você um apaixonado Dia dos Namorados!
Ively Almeida

1 de junho de 2009

Pensamento do dia

“O sertão vai virar mar...” a profecia de Antonio Conselheiro parece estar se cumprindo, a exemplo das chuvas e enchentes que castigam o Nordeste. Outrossim, o que o pessoal de Brasília e demais estão autoridades estão esperando para tomar providências realmente eficazes (?). Nem comida chega direito aos desabrigados e quase não se ouve falar em campanhas pró-desabrigados.

E o que pensar do engenheiro que atestou a segurança da Barragem Algodões 1, no Piauí, que rompeu causando a morte de 7 pessoas (oficialmente confirmadas) e a destruição de pelo menos 500 casas. Em sua defesa ele ainda afirmou: “que foram os desígnios de Deus..” Não, não foram os desígnios de Deus que fez a barragem ruir, foi irresponsabilidade mesmo! Uma inadmissível falha humana.

Ively Almeida