6 de junho de 2009

Namoro já!


O progresso tecnológico promoveu uma revolução na comunicação mundial. Hoje temos uma infinidade de recursos disponíveis a comunicação humana, tais como: o e-mail, as redes sociais, os chamados sites de relacionamento, programas de mensagens instantâneas, salas de bate-papo etc. O espaço cibernético é um canal onde as mensagens se tornam interativas, onde a distancia se torna relativa, possibilitando interconexões entre pessoas dos mais diferentes lugares do planeta. Entretanto, com toda essa parafernália tecnológica a disposição, homens e mulheres não conseguem se entender.

Em plena era da comunicação sem fronteiras, as pessoas têm dificuldade de relacionar-se e quem sabe encontrar sua “alma gêmea", pois, o que vemos por ai é desencontro e solidão. A exemplo do recente programa do Globo Reporte que abordou a dificuldade que as pessoas tem de encontrar um namorado(a) e também da passeata: dos “Sem namorados” que aconteceu em São Paulo e reuniu cerca de 3 mil pessoas, com faixas e cartazes com dizeres como: “Cansei de ficar sozinho” e “Namoro já”. Pergunto-me então, por que razão o cupido deixou de fora tanta gente?? De um lado as mulheres se queixam que os homens “não prestam”, “não querem nada sério”, os homens, por sua vez dizem que as mulheres “são complicadas”... numa espécie de jogo marcado, que nunca dá ‘um a um’. Fruto dessa incomunicabilidade, onde os casais não conseguem transpor o transitório e superficial envolvimento do ‘ficar’.

Para acentuar ainda mais a "miséria sentimental" dos sem namorados, some-se a isso o medo de amar que algumas pessoas têm, que pode até ser inconsciente, mas as oportunidades surgem na vida e as chances são desperdiçadas, pois o medo as impede de tentar. Pode ser o medo de se envolver e não ser correspondido, o medo de arriscar e não dá certo, medo de ter responsabilidade... Contudo, o problema não está no amor, as pessoas é que estão licenciosas demais, adotam o relacionamento ‘fast food’, é namorando um, mas já de olho no outro; ou divertindo-se (como ouvimos falar) enquanto não encontram a pessoa ‘certa’ ; e nas baladas então, é beijo demais entre pessoas que nunca se viram na vida. Toda esta liberdade sem compromisso fez com que as pessoas ficassem mais céticas umas as outras, não há ‘entrega’, e o que gera é desilusão.

Os casais não mais vivenciam relacionamentos profundos e duradouros, hoje em dia os amores estão cada vez mais descartáveis, pois não possuem o essencial: o ‘alicerce’ que é a base de toda construção, por isso deve ser feito antes, obviamente. Para fundamentar e perpetuar qualquer namoro, o alicerce chama-se Cristo. “O homem prudente edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mat. 7:24.25). Sem Deus em nossa vida, todo relacionamento fica vulnerável ao fracasso.

Na verdade, Amar e ser amado é o desejo de todo ser humano. Sem amor a vida não tem graça, Como diz Lya Luft: “Sem essa viagem emocional a vida seria um deserto sem oásis.” O amor é a definição do próprio Deus : “Deus é amor e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele” (1 Jo. 4.16). O amor não deve ser encarado como uma coisa difícil ou inatingível, mas deve ser levado em consideração três pontos: cumplicidade, confiança e respeito mútuos. Desta feita, amar sempre valerá a pena!

Desejo a você um apaixonado Dia dos Namorados!
Ively Almeida

4 comentários:

Solange Carvalho disse...

Essa sua apologia ao amor é interessante. De fato as pessoas modernas estão com problemas, pois não há mais espaço para o amor platônico. Como pois vencer o medo, arriscar-se, não desperdiçar oportunidades e, ainda assim, não ficar? Sugiro que a autora do texto liste algumas estratégias para facilitar a vida de inconformados solteiros e solteiras.

Solange Carvalho

Anônimo disse...

O problema só não está no amor CORRESPONDIDO. Veja qdo não é correspondido o que acontece: somente sofrimento.
Bem, para os adolescentes funciona bem esperar, pois elas têm tempo para escolhas, enquanto as que passaram de trinta, precisam jogar com tudo que têm rsrrs
Estou brincando, mas é o que ocorre, as mulheres mais velhas se desesperam, quando na verdade deveriam viver suas vidas sem expectativas, pois é sabido que "a expectativa é irmã do fracasso"
Elas deveriam se relacionar bem, ter amigos, formar rede de relacionamento com pessoas de identificação profissional e acadêmica e... a natureza seguirá o seu curso....

Marcos disse...

Ainda penso q daria uma ótima psicologa rsrs

Janilson disse...

O amor deve ser encarado como algo incondicional. No entanto, até mesmo para amar, impomos muitas condições.O problema é que ao fazê-las, subjetivamos demais o que o outro realmente pode ser.Quando algo foge as nossas expectativas, é aí que vem a decepção e frustação e a chama se apaga. você disse muito bem no seu blog quando escreveu a palavra alicerce.. é isso mesmo!!! Não há como sustentar algo sem um bom alicerce... Parabéns..